Mitos, tabús, convicções, experiências, vivências, memória genética, se formam e vêm abaixo milhares de vezes durante a vida.
Menos doloroso se tivessemos o poder da Fênix e ao sentir o desmoronamento próximo, construíssemos uma pira na qual a alma fraca morreria e renasceria em glória. Não é assim.
A batalha interna de porquês por vezes nos afoga em redemoinhos sob mares truculentos. Esses mares, geralmente não são seus. Esses mares sequer são navegáveis.
Na terra firme, de pensamentos frios e atitudes pensadas, estão sempre ao alcance mares de sedução. Há sempre uma ilha deserta de areia branca e águas límpidas.
Na terra firme de pensamentos frios e atitudes pensadas, está sempre ao alcance aquilo que se procura ao navegar. Por que navegar?
Da vida faz parte o risco, e da inércia a dúvida. Fernando Pessoa, concordo contigo. "Navegar é preciso", mas viver também.
E é da vivência, que ao içar velas saberemos que naqueles mares podem se esconder tesouros e armadilhas e saberemos lidar com âmbas como se as águas fossem sempre um tapete de calmaria.
Ramos de sálvia, mirra e canela, e o fogo dos novos tempos em uma alma ressurge, trazendo das cinzas mais experiência. E insurge contra o que aflige, mais forte, mesmo ao acumular a carga dos pesos sofridos.
É que nem só do bem a alma é feita. É preciso revoltar-se, é preciso defender-se, é preciso amar-se.
o bom da vida: alguma alma boa sempre consegue nos surpreender. como a mesma rapidez da decepção.
ResponderExcluirglaucia rebouças