Perdi o sono.
A realidade era tão utópica quanto um sonho. O sonho era tão atípico quanto o momento.
A realidade mudou.
O sono já não veio. O sonho não veio. O torpor do vinho se tornou amargo.
Os dias passam e na vivência do novo tempo o sono vem e com ele o pesadelo também.
O monstro sonhado se confunde com a realidade? Serão premonições? Devaneios?
E o insone busca na realidade o sonífero do qual tanto fugiu. Já não são horas, são dias acordado.
A realidade é mesmo aquela do pesadelo. A solução é puro fel, como nos piores remédios.
O bálsamo não veio, a amargura não se foi. O sono do desate com a realidade chegou como uma tormenta, e tão rápido quanto um trovão se dissipou.
O sonho agora mora num canto com discrição. O pesadelo é a realidade, da qual se pediu para saber, como um prisioneiro que implora a liberdade mesmo sabendo de sua morte fora da cela. Como o vampiro que suplica pela estaca em seu coração.
Perdi o sono. Dos remédios tomados, a verdade é o pior, com efeitos colaterais eternos.
Não há o que se sonhar. Não há o que se ver acordado. E nos despertares atônitos, acorda-se do pesadelo para o pesadelo.
Seria melhor que o insone não tivesse pedido a verdade – esse tão agressivo remédio - e assim transformasse a realidade em utopia e os sonhos
Agora trilha-se um novo caminho de sonos amargurados, de sonhos abandonados e de realidades secas como a vida real. Até que o sono tranqüilo apareça novamente.Até que a realidade vire sonho. Até que carnavais chuvosos se repitam.
Perdi o sono!
q merda
ResponderExcluirTodas as opiniões são bem vindas!
ResponderExcluirAnônimo é meio chato né.... e sem cultura!
ResponderExcluirÉ meu caro, uma noite sem sono é o mesmo que um dia sem comida... rsrsrsr. Que onda. Mas é isso mesmo.
ResponderExcluirQuando o sono nos abandona só nos resta um bom livro, um filme ou programa de tv.
Continue escrevendo.